terça-feira, 27 de agosto de 2013

A FALTA - parte 1

No dia 19/08/2013 o mundo ficou mais triste, perdeu parte de seu brilho, cobriu-se de lágrimas. O ator, escritor, diretor e amigo Lee Thompson Young de apenas 29 anos faleceu vítima de um tiro, deixando todos que conheciam seu valor humano perplexos, chocados e com uma dor gigantesca no coração que ficou miúdo. Se havia alguma referência extrema de educação, inteligência e bondade em Hollywood, ela certamente estava alojada em Lee Thompson Young. Poucos sabem que ele teve uma infância difícil, ajudava o tio a vender pêssegos na feira, até que aos 10 anos impressionou muita gente com seu talento ao interpretar Martin Luther King de modo espetacular em produção chamada "A Night Of Stars And Dreams", realizada em Columbia, Carolina do Sul, sua cidade natal. Foi quando os primeiros passos rumo à telinha e à telona foram dados. Lee, diferentemente do que muitos pensam, fez seu primeiro trabalho no seriado New York Undercover, em 1997, no episódio 69, Promissed Land, numa rápida aparição, sem fala. Era o início de uma brilhante carreira abreviada por uma fatalidade.





Em homenagem a esse querido amigo que se foi, depois de dias sem ter coragem de fazer qualquer publicação, decidi dedicar esse espaço de meu blog, para contar um pouco de sua história e muito de seu caráter humano, aos poucos, afinal, muitos falam em vida após a morte, mas esquecem da morte após morte, que acontece quando as memórias também são sepultadas.

Lee Thompson Young
01/02/1984 - 19/08/2013
RIP

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

PINÓQUIO DO ASFALTO - Apresentação


Alguns dos participantes da apresentação no CEU Jaçanã do projeto CULTURA NOS SEMÁFOROS, evento que será precedido do lançamento do livro e do filme PINÓQUIO DO ASFALTO - Egidio Trambaiolli Neto - Editora Uirapuru.
Da esquerda para a direita: Astrid Hage, Egidio Trambaiolli Neto,
Hérko Freitas, Dr. Edison de Oliveira Vianna Jr e Jairo Pereira.


domingo, 11 de agosto de 2013

FELIZ DIA DOS PAIS

Para todos os papais eu deixo estas palavras que compõem a dedicatória do meu livro Histórias de Valor, publicado pela Editora Cortez:

Lembro-me de quando eu tinha por volta de seis anos e meus pais compravam caquis bem madurinhos para nó...s comermos. Ao final, sempre havia um ritual, meu pai abria cuidadosamente a semente ao meio e, de acordo com o estágio da germinação, me dizia que a semente sempre nos mostrava um objeto: se fosse o fio longo e espesso do broto começando a germinar, era uma faca; se a germinação estivesse com a extremidade já oval, seria uma colher e se o fio tivesse três ramificações na ponta, caracterizada pelo terceiro estágio germinativo, seria um garfo. Eu achava aquilo o máximo e queria sempre tirar o “garfo”, que era o mais difícil. Certa vez, eu estava chateado por só ter tirado “facas” nas últimas sementes dos meus caquis e meu irmão já havia tirado dois “garfos”, uma “colher” e “uma faca”. Percebendo o meu desapontamento, meu pai abriu a semente que faltava e eu fiquei decepcionado por obter mais “faca”, ele sorriu e disse: ah, mas esta aqui não é uma faca. É uma caneta! Isso quer dizer que você vai ser um escritor! Na época, fiquei muito feliz e hoje, esta é a minha profissão. Por esse motivo, dedico estas palavras ao meu pai, que deixou saudades, mas que também me deixou uma lição de criatividade, e a todos os pais que realmente amam seus filhos.
 Cena do Filme - A Procura da Felicidade - 2005
Will Smith e Jaden Smith
 
Histórias de Valor
Egidio Trambaiolli Neto
Cortez Editora
 

sábado, 3 de agosto de 2013

Os Pinóquios do Asfalto da Vida Real


A esperança nunca deve ser roubada...
Lembram-se das crianças para as quais dei livros há algumas semanas? Hoje eu voltei a passar pelo semáforo e lá estavam elas, mais uma vez mendigando. Qual não foi a minha surpresa, quando vi a menina q...
ue ganhara o livro apontando para o meu carro, só que desta vez eu estava sem livros, no corre-corre de ontem, dei o último exemplar que havia reservado e esqueci de repor meu estoque para essas situações. Despreparado para aquele momento, eu me senti culpado por privá-las de esperança... Entretanto, ela chamou os amigos e correu ao meu encontro antes que o semáforo abrisse. No caminho, ela arqueou o corpo, arrancou uma flor do chão e, com seus bracinhos mirradinhos, correu ao meu encontro e entregou aquela pequena flor que por ter sido retirada de forma afoita, parecia mais ter passado por uma tormenta, mas mesmo assim, pareceu-me linda!
Eu agradeci e ela sorriu lindamente. Por um segundo pensei até que ela ia me pedir um livro, mas não, saiu saltitando com um sorriso nos lábios e correu ao encontro dos demais que não tiveram tempo de me encontrar, pois uma insistente buzina forçou-me a avançar.
Não dá para descrever meus sentimentos, muito menos os dela, mas esse evento endossa que o futuro também se semea com esperança.

Pinóquio do Asfalto
Egidio Trambaiolli Neto
Capa: Adriano Vidal
Editora Uirapuru